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10 aplicativos que ajudam você a ter resultados em um trabalho colaborativo BIM

Atualizado: 23 de mar. de 2019



Durante o desenvolvimento de qualquer trabalho colaborativo, seja ele BIM ou não, a sinergia da equipe, seu comprometimento e liderança são aspectos bem mais importantes que o uso de ferramentas e aplicativos. Entretanto, em trabalhos colaborativos BIM, essas ferramentas podem impactar muito o desenvolvimento de projetos. As aplicações são válidas para todos os níveis de complexidade, seja para criar plantas de casas ou desenvolver arranha-céus luxuosos.


Na publicação de hoje, trazemos a visão da Caroline Cabral em sua experiência no primeiro trabalho colaborativo BIM e listamos os 10 principais aplicativos utilizados no seu desenvolvimento envolvendo: modelagem 3D, plataforma BIM, servidores BIM, até a comunicação e gestão de dados.


Aplicativos utilizados:


Servidores BIM: Revit Server e BIM Server

Plataformas BIM: Revit e ArchiCAD

Gestão de documentos: Google Drive

Comunicação: Podio, Skype e Whatsapp

Renderização: Enscape e VRAY.


Fluxo de trabalho


A minha primeira experiência com um trabalho colaborativo em BIM


Trabalhos em grupo geralmente possuem uma carga negativa a nível de experiências que se tem/teve no colégio ou na faculdade. Costuma haver sempre aquele colega que não aparece, não trabalha, não se envolve.

Este não é o caso.


O primeiro trabalho do Master que estou fazendo em BIM Management foi realizado em equipe e em dois softwares da nossa escolha. Dentre os quatro disponíveis (AECOsim, Archicad, Allplan e Revit), escolhemos o Revit e o Archicad. Cinco pessoas de diferentes localidades no Brasil e uma do outro lado do Atlântico formavam o nosso grupo. A primeira conversa feita pelo Skype teve como tarefa inicial (e primeiro desafio) definir o melhor horário para as reuniões, tendo em conta que teríamos uma diferença horária de até 5h. O Skype foi a plataforma adotada para todas as reuniões de trabalho. A partir dela, trocávamos arquivos e partilhávamos a tela do computador para discussão e tomadas de decisões. Após as reuniões, gerávamos uma Ata com as discussões abordadas e registro das decisões.


Outros canais de comunicação utilizados foram o Podio e o Whatsapp. O primeiro foi utilizado para marcar as reuniões, atribuições de tarefas e comunicação direta com a tutora do Master. A comunicação mais corrente era feita através do Whatsapp e atendia aos nossos propósitos. O Google Drive foi a plataforma utilizada para o desenvolvimento e entrega do trabalho, armazenando tanto os arquivos de modelagem como as atas de reunião e os relatórios.


O projeto consistia na modelagem do edifícil 5 de um complexo residencial em Sevilla, onde as outras quatro edificações possuíam uma tipologia diferente. Apesar do trabalho ter como foco a torre 5 do complexo, decidimos modelar todos os edifícios. Para além da entrega final, foi estabelecida a entrega de dois relatórios (parcial e final) e  definido um coordenador para o projeto.


Após análise do projeto fornecido em dwg, decidimos estruturar o trabalho para seis pessoas da seguinte maneira:


Imagem 1 – Distribuição/volumetria do trabalho

A atribuição para cada elemento do grupo foi diferente nos dois softwares para que toda a equipe pudesse modelar pelo menos dois espaços distintos, deparando-se com diferentes desafios. Foi priorizado o planejamento e organização do trabalho antes da modelagem. Era preciso definir o LOD (Level of Development) que trabalharíamos, nomenclatura de arquivos, template e biblioteca.


Desde o inicio do trabalho sentimos a necessidade de documentar todas as decisões que íamos tomando, o que, como consequência, culminou na elaboração de um Manual do Projeto. Nele, indicamos a divisão de trabalho pela equipe, a estruturação de pastas, a definição da nomenclatura de arquivos, famílias e ambientes e o template a utilizar para este trabalho.


O workflow foi adaptado a cada software. No Revit, a modelagem foi feita a partir do Revit Server em arquivos separados (de acordo com a divisão indicada na imagem 1) e linkados a um Modelo Federado. Nele, quando todos os worksets estivessem fechados, trabalharíamos com as anotações (Cotagem, Etiquetagem, etc) e organização de pranchas. No Archicad o workflow foi mais simples. Trabalhamos em Teamwork usando o BIM Server num modelo único.


A armazenagem dos arquivos foi feita através do Google Drive onde os mesmos eram sincronizados após alterações feitas. O workflow de ambos os softwares foram experimentados em conjunto durante as primeiras reuniões de modelagem via Skype para que todos os membros da equipe pudessem testar e tirar dúvidas imediatas entre si.

À medida que a divisão de trabalho/cada workset ia sendo “fechado”, procedíamos a uma revisão geral a partir do Modelo (Federado, no caso do Revit) e as alterações necessárias iam sendo feitas.


A entrega foi executada nos formatos nativos, em PDF e também em IFC. Também foram entregues rendersfeitos nos softwares nativos e também no Vray e Enscape.


Do início ao fim do trabalho, não só tivemos uma interação muito boa como aprendemos muito com a troca de experiência pessoal e profissional de cada um. As reuniões e conversas pelo Whatsapp serviam a um propósito maior do que a elaboração e entrega de um trabalho. Serviram como local de partilha de conhecimentos e dúvidas num âmbito mais abrangente. O espírito de equipe esteve presente em todos os momentos, sem restrições, criando inclusive laços de amizade.


Para trabalhar com BIM é preciso comunicação, troca, empenho e colaboração.

“Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.” Provérbio africano.


Segue as demais imagens das etapas:


Imagem 2 – Implantação| Lista de Folhas de Projeto


Imagem 3 – Formas Cotadas do Piso Tipo e Cobertura

Imagem 4 – Forma de Layout dos Subsolos -4 a -2| Tabelas de esquadrias


Imagem 5 – Elevação Geral e Renderização

Até o próximo BIMConteúdo.

Por: Caroline Cabral.

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